Antes do céu cair

Written in Portuguese by Jaider Esbell

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Então, lá pelas tantas ele acordou dormindo. Levantou-se ficando na cama e foi trocando o sentido da vida, pois mudara o mês. Não tinha rotina, tipo ir à padaria esperando ver um alguém especial. Foi na janela, tocou o sino e foi caminhar nas folhas serenadas pois o sol estava ali mas não estava. Estava frio e ele negou-se à preguiça rolando com os cachorros como toda manhã brincavam. Morava agora longe de casa e não tinha tecnologia para não perder os sentidos. Buscava memória nas frutas e para as ter fazia com voluntários reparos nas casas dos patrícios e só queria o cheiro do lugar. O caju lembrava a mãe colhendo, os mais maduros o pai cheirando a mocororó. Melancia os irmãos morenos em contraste com o vermelho vivo da fruta que ele mesmo plantara lá na capoeira. Nunca revelara seu amor por distâncias e tão remoto ficava que boatos de sua morte eram frequentes. Sempre lembrava no conjunto das memórias o dia que percebeu o chamado e não teve saída.

Foi quando disse: Parentes eu vou sair. Vou sair nu e eles vão perguntar por vocês. Eles vão querer saber mais sobre vocês que sobre mim. E para eles eu vou dizer: perguntem direto a eles. Eles estão lá, no norte da Amazônia esparramados no pé do Monte Roraima. Eles estão todos lá, são sobreviventes. Se felizes ou tristes, perguntem a eles. Se estão satisfeitos ou decepcionados, perguntem-lhes. Olha eles aqui ó, na arte, na foto, você os vê na geografia? Podem estar sadios ou mortos, vivos em espírito certamente estão. Vamos pesquisar na internet – GARIMPO ILEGAL MATA NA AMAZÔNIA. Eu poderia te enrolar, desconversar, te contar mitos e fazer desenhos coloridos mas não seria eu. Poderia falar de qualquer coisa, mas eu não vejo TV, não discuto politicagem, nem gosto de futebol. Eu só insinuarei: Talvez eles sejam como vocês. Tipo assim: Os açougueiros não se entendem porque têm facas. Os ignorantes têm insultos. Os amores têm seus ciúmes.

Os deuses também querem o melhor aos seus e por aí em diante. Talvez falte diálogo, entendimento, trabalho, compreensão e compromisso. Podem faltar muitas coisas para quem muito procura, mas o que aparece é a felicidade, se sobressai. O povo tem uma tendência à felicidade. E a desgraça passa e o resistir torna aquilo mais vida. Essas coisas boas de ver, fazer e sentir como a comida quente para a hora de esquecer o mundo e ver-se refletido no fundo da colher de sopa verde. Muitas coisas boas que desaparecem forçadamente todos os dias podem ser as aventuras, os mundos possíveis, os mundos reservas. O índio tem flechas e ainda tem floresta, conhecimento. Então, vamos encher o nosso livro de prazer e não de dor e dar à ciência.

Vamos estar também com eles nas estantes, nas livrarias, encaixotados como mercadoria sem venda. Vamos ser bibliografia, papel pros brancos, fonte para seus filhos pois queremos fazer a grande troca. Não, não é bem isso. Estamos longe ainda de modelar os pés firmes do novo tempo, ele é gigante, vai precisar de magia e encantamento, a pureza do saber. Tudo parece bem, mas os bens de uns são as ruinas de outros. Os minutos passam, a própria eternidade. Ninguém vê ou sente a agonia banalizada. Nessa primeira abordagem já está claro? Claro, não vou contar o segredo de ninguém. Minha mãe nunca me disse: não fale com estranhos. Ela sabia. Todos nós somos estranhos. Então, seria melhor não dizer nada, pois ela sabia, logo eu saberia. Hoje estou aqui e olha, digo que gosto mesmo dos estranhos. Eles são os nossos reflexos e você sabe, reflexos encantam e haja vida para buscá-los. Direi eles estão lá, e eles irão pra ver se é mesmo tudo verdade ou se sou só mesmo um bom mentiroso. O despertador tocou. Trocamos nossa cultura, não levantamos mais de madrugada para a grande aula da rede com o sábio pajé.

– Sr. Jaider Esbell – O seu embarque é o próximo!
– Eu: muito obrigado!
– Vamos gente!

Claro, já tentaram te falar. Talvez ainda não dessa forma, nesse tempo, com esses recursos e exemplos todos, mas de certo, já tentaram te falar. Se tudo é mesmo interpretação, vamos interpretar. Se tudo é semiótica, paranoia e sensacionalismo, vamos despolemizar o vácuo. Mas, pelos olhos de quem, se cada coração é uno? Cruzando, juntando tudo, não fica exatamente um todo. Soltando tudo, não fica, tampouco, brechas, espaços vazios, coisa alguma sem importância. Vamos brincar com as palavras antes do céu cair. Vamos extrapolar os signos, transpor o limite do além e capturar de volta o nosso sentido. Arte, a mais poderosa linguagem universal. A arte é absoluta sobre todas as coisas, sobre tudo. É um arcabouço sem arestas, sem fronteiras, sem lei. A arte vem do pensamento, a ideia inicial sobre o grande ato criador. A arte vem antes da fonte da criatividade, ela é o fluxo vital do artista.

Deus em si criou-se da arte. Todos os mistérios e obviedades vêm da arte. O falar, a forma de gritar sentimentos e verbalizar o oculto também faz revelar o caráter. A escrita tem muito poder, é a arte da desconstrução. A ligação dos mais usuais recursos de acesso ao conhecimento. Práticas culturais e tecnologias distribuídas entre os povos no pequeno corpo do mundo é a integração conversada. São estas as estacas iniciais para segurar o céu. Há generosidade da parte da natureza em tudo. Em tudo ela nos permite; viver aos nossos modos nos mais diversos ambientes. Na densa floresta passeamos em sua sombra, em grandes montanhas estamos nós adaptados, também nos desertos e em campos alagadiços triunfamos. Cruzamos mares revoltos para levar e trazer e esse eterno procurar nos tem deixado vazios e sequiosos. Nossas frustrações extravasam nosso campo limite e estendemos destruição muito além de nosso querer e de nossas consciências. O lixo físico e as energias desviadas como ruídos são de fato reais e nos cobram como filhos.

O grande diálogo. O grande pacto, as grandes alianças, os estudos, as obediências, as penitências e sacrifícios devem voltar para a roda da conversa. Brincando, os homens foram muito além e pareciam tão dispersos nos campos onde antes corriam os bisões, as chitas e os leões. Estávamos tão dispersos que só um grito universal quente, vindo do lado inesperado, faria algum efeito nele, o nosso outro eu adormecido. Longe do merecimento, pensamos em vingança, mas tão fracos em nossa pequenez não movemos a balança com nossa indiferença sobre o grande ato espetacular que é a vida. Um vento cruviano, um desses tornados que se arrebatam da grande mãe dos ventos, a nossa Cruviana, sai a avisar. Um desses ventos-entidade foi escolhido aqui, no meio das montanhas, no terreiro de Makunaima. Makuxis saíram cedo capturar o vento cruviano para levar o grito novamente ao mundo. Foram. Foram na sequência da noite pois nessa noite não deveriam dormir, mas vigiar. Mas o vento não era uma coisa só, mas um monte de curumins pescando, caçando e vivendo por conta própria desde sempre. Voluntariamente já vinham eles e toparam-se no caminho. Quando os outros parentes perceberam que os curumins eram o vento cruviano, recolheram suas armadilhas e abriram ala para o vento passar. Era madrugada, toda a vastidão de savana dormia. Ali havia algo parecido com paz, só que não era exatamente paz mas um estado letárgico de perturbação encantadora. O sereno pesava ainda mais o sono e da ponta da palha do buriti pingava uma gota de vida. Havia esperança e tempo e os curumins Makuxi saíram mais uma vez no mundo das grandes paixões.

Os curumins reuniram mais umas forças, tornaram-se vento mesmo, e em redemoinho subiram para a parte mais alta do hemisfério norte, por onde deviam começar as investidas da reconstituição do aparente caos. Foram-se. A força da transformação acelerou tudo em volta, o alvorecer adiantou-se e daquele dia em diante o assunto foi esse: Antes do céu cair. Antes do céu cair passou a ser um estado de espera, algo a ser evitado, algo que te tão contraditório foi incluído em todos os circuitos, passou a estar em todas as vitrines, em todas as placas nas ruas, nos anúncios de TV, nos campos de futebol e no lanche das crianças na escola. Antes do céu cair virou grife popular e de tão popular todos queriam. Todos queriam ser popular para estar no mesmo esforço de Antes do céu cair. Antes do seu cair virou tatuagem, virou coro na igreja pois já era oração. Antes do céu cair entrou no uivo dos bichos, no latidos dos cachorros, na simbiose das coisas. Pássaros misteriosos voltaram a ser vistos cantando a melodia. Nas áreas remotas onde os retraídos vivem era esse o mantra da manhã, do meio dia e das 6 horas da tarde. Antes do céu cair foi parar em todas as capas de jornal e todos os presidentes assinaram o grande pacto, antes mesmo do céu cair.

Published July 8, 2019
© Jaider Esbell

Ka’ ena eraurî

Written in Portuguese by Jaider Esbell


Translated into Macushi by Enoque Raposo

Moropai, iwetun tane apîka’pî. Awe mîsa’kapî cama poi moropai isenemenkato era’tîpî, moropai kapoi era’tîpî. Îrî’ kone’kato wanîpî. Onon pata’ tînto’ tonpra wanîpî, pão yenai wîtînsaya morî pemonkon teramai ton pra wanî. Janelapo’, sino epatîpî moropai atî’pî esa’se yu’yare poro’ wei wanîpî teuren esarama pra wanîpî. Kumi’pe pata’ wanîpî, enyanepe akomîpî rarimarakayamî yakarî tesuminpî’akomîpî. Tarî’pai aminke komanse atî’pî moropai tecnologia ton pra waî pî î’ epu’tî pa. Isenemenkato’ ya î’rî eramai esenumenkapî moropai atî’pî pîtî’pî patricioyamî yewîta’ mîrîrî nikin epu’se. Ro’roi pî isan pî awenpanata wîtî pî, emî’sa panpî tîyun pî awenpanata pî. Patia’ rikuton moropai suyu’ yawon morî pata’ ya ipîmî pîya’ yu’ya’. Tasasen pata’ poro iwakari mî’tope moropai ipî’ to´eseuruma asamantapî ta’to ya. Awenpanatapî pîtî konarî îkaima’ tiwin wei epa’ka to’ weyu erepamî’pî.

Mîrîrî ta’pia: Uyonpayamî epa’ka sîrîrî. Epa’ka sîrîrî upon pra nekarapîtî to’ya’ amirîkon. Amîrîkon pî panpî nikin ekarapîtî to’ ya’ uurî yentai. Tauya’ to´pî: To’pî nekarapîtîi. Miarî to’ man, Amazonia po’ Ro’ra imî’ pia. Tamînawîrî to’man miarî’. To’tausinpasa ou ka’ne mekarapîtîi to’ pî. Morîpe to’komamîpî nai ou ri’pe, to’nai, to’pî nekarapîtîi. To’ eramatî tarî’ arteporo’, fotoporo’, geografiapo’ eramapî nantî’? Priya’ to’ wanî sîrîrî ou to’ samansa sîrîrî. Internet ya’ to’ wa’kî – GARIMPO YA’ TO’ WÎ’PÎ MAN AMAZONIA PO’. Amîrî pî tauya’ pepîn epaino’ î’rî pî eseuruma paino’ amîrîkon pî, tî’se TV eramanen pepîn uurî, política pî’ teseurumasen pepîn uurî, bola nenu’nan pî’ nanrî’ eramanem pepîn uurî. Tauya’ nikin: Tiaron pensa amîrî kon warantî to’ esenumenka. Tiaron pensa’ eseurantî: Sararu ya’tînan morîpe tîwesenon pepîn taura’ yakîrî tîwesenon narî. Te’turumasen pemonkon eta’pepîn. To’ ekimu’.

Paapakon narî’ morî yusenankon tîmîrî konpî moropai mîrîrî pata’pai. Tiaron pensa’ to’ eseurumato’ tonpra wanî, to’ esenkamato’ tonpra moropai to’ compromissorî tonpra wanî. Î’ tonpra to’ suwa to’ wîtîsa pra wanî ya iwai, tî’se morî’ tausinpato’ ton i’pî. Morî wanî pemonkonyamî ya’ morî konekasa ya’. Moropai i’ri suwa’ka ya’ meruntîke panpî to’ e’na. Seni’ morî’ teramasen, koneka moropai epu’tî ane’pe yekari wanî warantî î’ pîrî awenpanata pepîn.Î’rî i’pî ya’ morîpe tewesen tiaron pensa esuwa’ka tîse kaneno’, aipî, moro’ wanî., Indioyamî prîu esanon moropai yu’ esanon, epunenan. Moropai, uurîkon kareta rî menukapainîkon man morîpe ekare ke, ne’ne yakarî pra moropai epu’to tî’tope nîkon.

Konekapainîkon man narî esenkamanto’kon pate’se ya’, esenyapanto’ yewîta’, morîpe konekasa caixa ya’. Kareta’ yewîpe’ e’painîkon, karaiwayamî ya’ eremato’pe, timunkuyamî ton tî’to po to’ya’. Kane’, mîrîrî warantî pra. Aminke ma’sa man erepanîtope amenan weiyu ya’, korenan mî’to pe, ma’sa pra morî epu’to wanî pemonkonyamî pia’. Morîpe eserama teuren, tî’se yairî pra wannî, tiaronkon pia’ morîpe wannî moropai tiaronkon pia morîpe pra wannî. Pata’ siwakanpîman kane’pe, patakaron warantî. Annî nerama pepîn makuipe’pata’ ku’sa to’ ya’. Senni’ ekare’ nai morîpe? Nirî’ taya’ pepîn. U’san ya’ eta’sa pra man: Akka, tiaron kon yakarî teseurumase pra e’kî. Epu’tî pia’ mî’to pe. Tamunawîronkon eseru pî epunenan pepîn anna. Inna peman, î’ ta eraurî u’san ya’ epu’tîpî. Sîrîrîpe unî sîrîrî tarî’ moropai eramakî, eseuwarantî tanen uurî tiaron pemonkon yakarî eserumakoi uurî. Inkamoro yakarî tesenupasen uurî moropai epunem amîrî, mîrîrî yeka’ morî’ wanî ya’ tiaron morî’ esenpo’. Tauya’ to’ pî miarî’ to’ man, moropai to’ uutî eramai inna pe wanî ou seruye pe wanî to’ wannî. Sino epa’tîpî man. Uyesurukon motînîpînîkon pra man, pranepukuru emîsa’ka pra man esenupanto’pe auta’ta piasan yakarî.

– Jaider Esbell – Amenrî’ attî!
– Uurî: inna, morîpeman!
– Asekon uyonpayamî!

Inna, tiaron pensa’ ayerumasa to’ ya’nai. Tiaron pensa’ eseuwarantî’pra, mîrîrî yai, senikon yemanekon tonpra, Tî’se, ayeuruma pî pî’ to’ ya’. Morîpe epusa ya’ , epu’tî mîrîrî. Morîpe pra eramasa ya’, yeirîpra, mîrîrî mokaai nîkon morî’ tî’tope. Tarî’pai, annî yenu’pî, uyewankon wînî anna kaisîrî? Tî’se, murukuntîsa ya’ mîrîrî warantî tîria’ pepîn. Tamînawîrî runpukunsaya’ a’takon yetepu’pî pai nîkon. Ase’kon suminase’ kareta’ menukasa’ Ka’ ena eraurî renka’nîkon. Ase’kon aminke’ tîwakai yekatonkon eramai morîpe enîtonpe. Arte mîrîrî meruntî’ pata’ po, î yentaino’. Fronteira tonpîn, lei, tonpîn. Arte i’pî uurîkon senumenkato ya’, Paapa ya’pata konekapî warantî. Arte mirîrî Paapa senumenkato’, mîrîrî warantî warayo’ koneka pia’ tepuse’.

Paapaya’ imîrîrî arterî kone’kapî. Annî nepu’tî pepîn pata’ moropai epunen ya’pai arte i’pî. I’pîrî eseurumanto wannî ayeseru karîmekî ya’. I’rî menukasa ya’, meruntîke enna mîrîrî, yairon mîrîrî mî’tope narî. Î’rî ta’to tiaron pî yarî. Uyeserukon ya’ tecnologia wonsa’ man mîrîrî yenen uurîkon eserupe enasa’man. Mîrîrî yenen uurînîkon meruntîpe wannî sîrîrî. Pata’ po morî’ eporîya’ maasa’. Yu’yapî asakaikon anna, wî’poro asakaikon anna, pata’ poro asakaikon anna desertoporo’, tuna’ka taurî ekaikon anna. Tiaron pensa’ ekaikon anna i’ri moronkapî, tî’se mîrîrî warantî morîpe ekaikon anna.

Mararon pepîn eseurumanto eseru’. Mararon pepîn esenupanto eseru’, morî’pata’ eseru’ e’pai man uurîkon kore’ta. Suminye’kape warayokon epîtî’pî o’makon kore’ta morîpe. Morîpe pra uurînîkon senumenkato wannî ya’, semai yu’se uurî nîkon komamîm morî’ eseru’ wannî’ tarî pata’ po’. Astum yun i’pî narî pe meruntîke, astum po’tîrîpa i’pî karîmese. Tiwin tîmenkai astum po’tîrî menîkasa’ tarî’, wî’kon etaurî, makunaimî pata’se po’. Makusiyamî epa’kapî pranupukuru astum po’tîrî yapise’ morî’ yekare’ rumîkai ya’topia aminke pata’ poro’. Morî’ pata’ eseru epunen inkamoro’ indioyamî, pata’ eseru’ epunenan, ewaron, akka, to´wetun ya’, to´pîkato ya, penna pata’paino’ to’ eseru’. Tarî’pai, moreyamî eratî astum pe, morî tîmenkai to epîtîpî pranîpukuru mana’ta rakamîkapî to’ ya’ astum siwa’ka to’ pe. Morî kumi’ wannîpî morîpe, wenunpai kusaiya’ wannîpî kuwaiyare’ pai tuna’ enapî morîpe komanîto’ tîrîpî. Morî’ pata’ eseru’ wannipî, moreyamî epa’kapî nirî’ pata’ poro esa’se morî’ pata’ eseru’ rî’pî.

Moreyamî meruntî’ kupî’pî, astunpe to’ eratî’pî, to’ wîtî’pî aminke tiaron kî’pî pona’, miarîpai to’ morî’ pata’ eseru’ tî’se. To’ wîtî’pî. To’ eseru’ motînî’pî pî to’ ya’ kanepe’ , wei epa’ka tane to´eseurumapî eseurantî: Ka’ ena’ erarurî. Ka’ enna’ eraurî’ era’tîpî nari’ eka’re warantî, pata’ po’ wannîpî mîrîrî eka’re, placa eporo’, TV poro’, campo poro’, escola taurî. Ka’ enna’ eraurî wannîpî pemonkonyamî maipe’. Pemonkonyamî epî’tî ka’ enna’ eraurî’ warantî, tekare’ pe. Ka’ enna’ eraurî’ eratîpî pîrîma eseru pe so’si ta’. Ka’ enna’ eraurî’ womîpî o’makon koreta’, î’rî pî to’ eserumapîtî pî ka’ enna’ eraurî’ pî. Toronyamî repamîpîtî pî’ eserenkai. Wei kaisîrî’, pranupukuru, wei nekatî’pî tî’se moropai 6 horas pîkîrî. Ka’ enna’ eraurî repamî pîtî’ pî jornal kaparî po’, moropai tamînauwîrî presidente yamî’ assinatapî, ka’ enna’ eraurî’.

Published July 8, 2019
© Specimen 2019


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